Sobre sonhos – e sua insistência em nos perseguir

Quando comecei esta história estava com uma pergunta em mente. O quanto eu estava disposto a investir para tornar isso realidade? Quanto dinheiro, e principalmente, quanto tempo? Quando percebi que a resposta era “praticamente todos os meus fins de semana e o porquinho inteiro de minhas economias”, estava no caminho certo.

Hoje apresento ao mundo o que estava apenas nos bastidores, e faço o pré-lançamento da revista Trasgo, uma revista de contos de ficção científica e fantasia.

Falar de sonhos e projetos é sempre lindo. Mas pouca gente pode se dar ao luxo de pedir demissão e correr atrás, o que não é necessariamente ruim.

Porque cria um filtro. Se você não consegue perseguir isso no terceiro turno, à noite ou no pouco tempo que conseguir, acredite, você não quer tanto assim. A máxima “quem quer arruma tempo” nunca fez tanto sentido. 😉

Eu poderia dizer que essa história começou há seis meses. Eu parecia criança no Natal quando descobri a Lightspeed Magazine, achei a coisa mais incrível do mundo, a ponto de me revoltar por não existir algo tão legal em língua portuguesa para mostrar a todos os meus amigos que não lêem em inglês.

Eu poderia dizer que essa história começou pouco antes do último ano da faculdade, que meu TCC seria uma bela revista de contos, que por alguns motivos não aconteceu. Mas raios, já na época do vestibular eu tentei fazer o curso de editoração porque queria trabalhar em uma revista de contos.

Seu eu tivesse lançado a revista antes, ela não seria o que a Trasgo está se tornando. Seria mais amadora, mais experimental, mais diferente.

Não posso dizer que não tentei. No final da faculdade lancei o Balaio Branco, para explorar modelos de contação de histórias, uma revista online. Não deu certo, mas aprendi com os erros. Na verdade prometi que nunca mais faria algo assim, foi um gasto de energia imenso e um momento triste quando finalmente cancelei o domínio e assumi que ele não renasceria das cinzas.

Mas sonho é feito de material mais insistente. Você pode chutá-lo, empurrar para longe, falhar, mudar, mas ele sempre está ali, espiando na próxima esquina, esperando para vir te dar um abraço, uma sugestão no pé do ouvido.

Ainda há muito trabalho até o lançamento da edição piloto. E muito mais trabalho depois disso! Mas não estou sozinho. Tenho orgulho em ter arrastado comigo grandes amigos muito talentosos, além de ter conhecido gente nova que topou participar com apenas um e-mail.

E gostaria de pedir a ajuda de vocês na primeira etapa dessa jornada: visitem o site e cadastrem os seus e-mails para serem avisados quando a revista estiver no ar. E mandem o link a seus amigos que gostam de literatura, ficção científica e fantasia.

Um grande abraço, muito obrigado e apertem os cintos.
Visitem http://trasgo.com.br


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