Re-começos

Queria escrever um pouco sobre a nova fase em minha vida. Mas estou aproveitando tanto, que não consegui desenvolver um texto sobre. Fiquem com alguns começos rascunhados…

60% dos paulistanos mudariam de cidade se pudessem. São Paulo me recebeu muito melhor do que eu jamais imaginaria, mas no fundo, nunca fui paulistano o suficiente para poder chamar a grande cidade de “Lar”.

As pessoas mudam de cidade, estado, país, rearranjam toda a sua vida pessoal por causa do trabalho. Preferi arrumar um novo trabalho por causa da minha vida pessoal.

Nunca acreditei em “certo” e “errado”, mas em escolhas e consequências. Acima de tudo, em escolhas. Se fosse para ficar, seria por uma escolha; decidi sair. Não para um novo começo, que sempre carrega uma forte conotação de abandonar o passado. Mas para uma nova etapa, um novo capítulo.

É bom, e ao mesmo tempo estranho pensar que você é o capitão da sua vida. O timão em suas mãos, e muitos outros contigo nesta Nau. Uns ficam no porto, alguns saltam ao mar, e outros são resgatados pelo caminho. e aos poucos você vai formando e remontando sua tripulação.

Alguns o acompanham pela vida, outros são ilhas, cada um com seus tesouros escondidos. Assim é a vida. Assim como a certeza da sua mão calejada em poder sentir a madeira úmida entre seus dedos.

E ainda assim, alguns insistem em não guiar. Em deixar que a maré os levem pelas suas vidas e humores. Ou outros, na ânsia de comandar, viram e viram e navegam por anos em círculos.

“Family comes first”, aprendi com o cinema. I’m a big boy now.


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