A gente acabou tendo que pedir um monte de informação, mas o tiozinho da barraquinha de informações era bastante simpático… Perguntamos onde tinha lugar pra deixar a mala (enquanto pretendíamos ficar lá), onde comprava cartão telefônico, onde tinha hotel barato, e onde era a área das vans de hotéis. Ainda não consegui entender as tarifas telefônicas aqui nos EUA. A gente compra cartão de 12 dólares, ganha 200 minutos… Mas pra cada ligação ele deduz um 1,25 dólares do cartão. Em outras palavras, aqui é barato falar 3 horas, mas se você ligar para três pessoas, falando um minuto, vai pagar uma fortuna!
Também me perco bastante com as moedas. Níquel, penny, quarter. por quê eles não escrevem 10Cents na moeda? Sem falar que nos supermercados você nunca vê o preço real marcado nos anúncios. Por exemplo, a máquina fotográfica de 10 dólares custou 10,64. O cartão telefônico de 12 dólares custava 12,70. Estranho isso. Será que são as taxas, ou coisa assim? Sei lá.
À noite fomos no Burger King (Já percebi que não tem o “u”), o “número 1”, que é um dos mais baratos, é gigante! Nem eu nem o Bruno conseguimos comê-lo inteiro. Experimentamos também uns refrigerantes estranhos na máquina (já que era de graça), e um deles tinha um gosto muito louco! Não sei se era chiclete, framboesa, maconha, sei lá… Mas era muito doido!
Depois de assistir um pouco de Adult Swim no Cartoon Network sem legendas, acabamos pegando no sono..
Agora estou esperando o ônibus pra Duluth, em Minneápolis. O ônibus chegou e vou desligar. Termino esse post quando chegar lá.
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Continuo esse post em Duluth, e hoje já é sexta-feira. Eu explico depois.
Enfim, lá em Minneapolis acordamos cedo. No café da manhã não tinha tanta fruta como nos hotéis brasileiros, mas pelo menos tinha banana. O hotel nos levou de volta para o aeroporto, onde (adivinhem?) pedimos mais informação sobre onde podíamos pegar o trem. Demorou um pouco até a mulher (e a gente) entender que queríamos pegar o “lightrail”, e não o “train”.
A passagem custava dois dólares, que pagamos em uma máquina que emitia o tíquete. Achei estranho que não tenha ninguém e nem uma máquina para cobrar esse tíquete, ou, em outras palavras, se você for honesto você paga, se você for trambiqueiro você não paga. O tipo de coisa que (infelizmente) nunca funcionaria no Brasil.
A diferença desse trem para os outros que eu peguei aqui é que esse tinha apenas três vagões, e eles não eram separados, mas unidos por um tipo de sanfona. Ahn, e tinha guardador de bicicleta também. Entraram 3 pessoas com bicicleta enquanto estávamos lá. (Pegamos quase no começo da linha e descemos no último ponto). Quando descemos do trem veio aquele ar gelado na cara, o que me fez tirar a blusa e o gorro dos bolsos do casaco e pegar o cachecol. Na verdade foi a segunda vez que sentimos a temperatura, provavelmente uns 3 ou 4 graus, a primeira foi enquanto íamos no Burger King, precisamos atravessar uma passarela por cima de uma avenida onde ventava pra caramba.
Então, assim que decemos perguntamos como chegávamos na Greyhound na primeira lojinha que encontramos. Era uma loja de tabaco. “This is the 5th street. You need walk to the 10th and turn right, five blocks and you’ll be there”. Agradecemos e seguimos nosso caminho.
Agora que citei a loja de tabaco, uma digressão. O cigarro aqui nos EUA é muito menos bem-vindo do que eu pensei. Vi poucas pessoas fumando nas ruas, e em quase todos os estabelecimentos o símbolo de “proibido fumar” prevalesce.
Voltando: Enquanto caminhávamos pela primeira quadra, começamos a sentir uns pingos. Sim, eram os primeiros sinais de uma chuva. Andamos cinco quadras sob uma chuva fina que não chegava a molhar os nossos casacos mas que formavam gotículas que acumulavam-se sobre as mochilas e malas que arrastávamos pelas ruas americanas. E toca de rua em rua esperar o sinal de “walk” para atravessarmos.
Outra digressão: Aqui nos EUA tem muitas ruas de nomes iguais! Acho que todos os bairros têm sua 3th, 4th e 5th Street, e uma North Ave. Em Atlanta, só no mapa que eu tinha da parte da cidade na qual estava hospedado, contei umas 3 Peachtree st.
Enfim à 10th st. Era pra esquerda ou direita? Direita! Andamos uns cinco metros, acho que era pra esquerda… “Ele não falou left?”, e toca andarmos uma quadra para o lado errado. “Não, deve ser pro outro lado mesmo”. E volta a quadra andada errada e mais uma pro outro lado, sob uma chuva agora um bocado mais forte. Mas enfim achamos o local, eu sentei lá, tentei conectar na internet, conectou mas não trocava dados… Então comecei esse post que vocês estão lendo com um dia de atraso.
(continua no próximo post, mais tarde (ou amanhã))