Nesse exato momento o capitão diz que atingimos a altitude de 36000 pés. Não sei quantos quilômetros é isso. O capitão parece ser um cara legal, pelo menos pelos alto-falantes do avião. Vocês vão ler esse post bem mais tarde, quando eu achar uma conexão wi-fi em minneápolis.
O albergue era bem melhor que eu pensei. Era um albergue, sim, com banheiros compartilhados e tudo o mais, mas, como disse o Ventania, o meu bixo que curiosamente encontrei ontem no albergue, “nada muito diferente pra quem mora em república”. À noite fez frio, e não tínhamos cobertores, então dormi de moletom mesmo. Ahn, e com a coberta que levei do avião, mas ela só cobria as minhas pernas. Eu passei um pouco de frio, mas só um pouco. O albergue tem um cachorro chamado Toby, que eu acho que é um labrador. Grandão, bonito. Pediram pra gente não dar comida pra ele, porque ele tem um estômago sensível. Cachorro legal. O dono do albergue se chama Joseph, e ele também é um cara legal, até deu o telefone dele pra pedir desconto no Best Buy!(Parece que dão descontos pra quem mora na cidade)
Hoje acordamos bem cedo para ir no Best Buy, o Bruno queria comprar uma câmera fotográfica. Achamos umas bem legais lá, eu fiquei namorando uma câmera fotográfica e filmadora da Cannon por 400 dólares, com opção de deixar tudo manual: foco, tempo de exposição, abertura do diafragma… Quase que eu levei, mas acabei pensando que não ia ter muito dinheiro pra isso…
O Bruno escolheu uma câmera pra levar, escolheu o cartão de memória, e eu peguei um wireless-mouse igual ao do meu irmão. E na hora de pagar, o meu cartão foi recusado. Legal né. Estou nos EUA com uns 200 dólares e sem cartão. Liguei pra minha mãe já, espero que ela consiga resolver isso… Senão, não vou conseguir comprar o Wii.
Droga, justo nesse momento o avião está entrando em uma turbulência… Estou do lado da asa, mas não sei se isso realmente faz diferença.
Acabei comprando aquela câmera-chaveirinho de 10 dólares que eu tinha falado antes. Pelos meus cálculos ela deve ter meio megapixel, ou nem isso. Eu ia tirar umas fotos da vista do avião pra mostrar pra vocês como é legal, mas agora acabou a pilha. Ela funciona como webcam, mas não consegui fazerf uncionar.
Olha aqui umas fotos que eu tirei com ela! (Qualidade péssima, mas ainda assim, melhor do que nada)
Esse é o Bruno! (Pra quem não o conhece)
E esse é o Bruno dormindo na MINHA cama no albergue… Meio sentado e meio deitado.
Esse sou eu! De cabelo cortado!
Um prédio em Atlanta
Mais um prédio em Atlanta.
E mais um prédio em Atlanta
Esse é o estacionamento do Best Buy.
Entrada do Best Buy. A pessoa na foto é um intercambista também, cujo nome é Rodolfo.
Fachada da Best Buy
Mais turbulência… Acho que essa é a parte chata de voar… Mas se vocês estão lendo isso significa que eu estou são e salvo em terra…
Voltando, nós trocamos e-mail com o pessoal, eles vão me mandar algumas fotos de Atlanta (em qualidade alta), e aí eu coloco aqui pra vocês. Só não sei quanto vai ser isso…
O bruno está dormindo na poltrona ao lado. Vou deixar ele dormir, ele deve estar cansado, me disse que dormiu mal de noite… Eu dormi bem, quase a noite inteira. Apaguei. Hahaha, ele tá babando.
Estou curioso quanto a Minneápolis. Não sei nada sobre a cidade. E agora é por nossa própria conta, não temos mais o “fluxo” pra seguir. Isso dá um friozinho na barriga, mas nem tanto assim… Já comprei a passagem de ônibus pra Duluth, marcada pra amanhã às dez e meia da manhã. Vou ter que arrumar um lugar pra ficar na cidade até amanhã. Estamos pensando se ficamos no aeroporto mesmo. (Espero que meus pais não leiam isso até amanhã, senão eles vão me dar uma bronca!)
Vixe, entrou um solzão aqui pela janela direita (do lado oposto). Eu devo estar muito perto dele… XD
Eu não sei se vocês gostam dessas minhas longas descrições. Mas eu gosto de escrevê-las então, vocês que aguentem os meus posts quilométricos e cheios de adendos.
Esqueci de contar, mas no aeroporto de Atlanta, nas duas vezes que estive, vi alguns militares jovens, talvez jovens voltando das guerras que os Estados Unidos insistem em declarar, ou então aproveitam um folga no treinamento. Agora mesmo nesse instante tem um na poltrona atrás da minha, tento pescar alguma coisa de sua conversa com o homem ao lado, mas na maior parte do tempo sem sucesso algum. Ao contrário do que muitas vezes pensamos, eles não são homens frios, máquinas de guerra, mas jovens simples, que como eu escovam os dentes, e amarram os sapatos com as duas mãos. O que torna a guerra incrivelmente assustadora.
(Acho que ainda posto mais hoje, estou em um motel em Minneapolis. Tem um burguer King atravessando a rua e acho que é lá que eu vou comer.)